Rotas de mim, navegar é preciso

30 de maio de 2020

BodyTalk é sobre complexidade

“O sistema BodyTalk é muito mais do que um sistema de saúde. BodyTalk não é somente uma forma de medicina energética. O paradigma fundamental do Sistema BodyTalk é viver baseado na consciência. Isso significa viver profundamente consciente no momento. Tornar-se mais consciente constitui em algo grande mais do que simplesmente tornar-se saudável. Vida não é sobre controlar o resultado do que acontece no futuro. É estar profundamente atento no que você faz a cada momento. O entendimento da vida nessa perspectiva traz o reconhecimento da nossa mente coletiva sobre a qual a consciência nos guia para a transformação e para um crescimento interno”.

 Dr. John Veltheim (2013, pp 31).

O BodyTalk nos convida a transformar muitos paradigmas: a certeza de antever, a sensação de que você deve manter “tudo sob controle”, a que “tenho escolhas”, que “sou dono do meu destino”, que “preciso entender o que está acontecendo”. Isso que parece ser certo – ser o direito a ser feliz, alçar a liberdade, ser do bem – são crenças inquestionáveis, e onde você investe sua maior energia. Seus desejos, apoiados sobre crenças, podem ficar turbulentos e estremecer nas dificuldades inerentes à vida.

Mas talvez, enquanto caminha, você possa rever suas crenças, você possa escutar mais seu corpo.

BodyTalk é uma prática terapêutica na qual você pode escutar você sob outro ponto de vista, onde você pode rever suas crenças. Não é uma escuta da mente ruminante, dos pensamentos entrelaçados, das dores que não te permitem enxergar além delas. É uma escuta dos pensamentos inconscientes onde moram as razões pelas quais, a história, onde os traumas e suas sombras podem ser abraçados, podem ganhar sentido e te inspirar a rever, revisar, sentir-se capaz de mudar. Mudar para o BodyTalk não é meta, é incondicional – sem qualquer condição prévia, você está mudando, basta poder perceber.

O BodyTalk entende o corpo mente como um todo, com toda complexidade que dele pode emergir. Costumo dizer que o corpo consegue, em sua profundidade de histórias e dores, falar russo e se expressar em francês, entende toda sua complexidade.

Para isso, o BodyTalk se baliza no equilíbrio da intuição e da estrutura: da intuição, temos os princípios da Sabedoria Inata, de estar na Zona, de manifestar o equilíbrio, a sincronia e a comunicação como regentes fundamentais do tratamento; da estrutura, temos o Protocolo de atendimento com mais de dezenas de técnicas, de sistemas de conhecimento tais como a Medicina Tradicional Chinesa, a anatomia e fisiologia do corpo, a psicologia do corpo, entre outras e Procedimentos de atendimento, que indicam como navegar na escuta do corpo.

Como navegar de forma que não seja linear? Não há causa e efeito no BodyTalk, não há o motivo que justifica ou explica, não é sobre ter razão ou limpar o que está “sujo”. Não é sobre o bom e o ruim. É sobre nossas histórias que são como são, então como escutá-las? Quais são as especificidades, os detalhes? O que nos influencia ou orienta, o que define nosso desequilíbrio, o que o corpo quer rever? E, o mais importante e fundante no BodyTalk, como tudo se interliga? É a partir de uma prioridade que o corpo revela como mais importante para ser observado – não é a interpretação do terapeuta nem a vontade do paciente. Ainda que haja uma agenda – um assunto, uma questão que o paciente traga – é a escuta que revela o que pode ser observado. E a observação reúne o observado e observador…

A complexidade do BodyTalk é sobre como escutar. E ao escutar, como deixar-se escutar, perceber, e observar as novas rotas que o corpo pode expressar-se. Escutar a complexidade acalma a mente, deixa o coração vibrar e organiza um pouquinho mais por dentro. E fazer terapia, neste contexto, é expressão de estima por você e por toda sua complexidade.

Nirvana Marinho

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